Ter métodos e materiais que possam auxiliar de alguma maneira nessa tarefa é sempre bem-vindo e é esse o intuito do que chamamos de Teoria Big Five ou os cinco grandes fatores. Ele compreende em uma avaliação comportamental onde é possível analisar a personalidade do candidato, de forma simples e com o intuito de ajudar a decidir se este é apto para a vaga a qual está se candidatando.
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O que é o Big Five?
O Big Five começou a ser estruturado em 1932, com McDougall, que sugeriu explicar a personalidade em cinco fatores, sendo posteriormente aplicada por Thursdone em 1934, cujo estudo compreendia na verificação de maneira empírica a adequação do modelo iniciada por McDougall. Diversos outros estudos posteriores, tornaram o modelo mais sólido em todo o mundo.
Essa ferramenta preceitua que a personalidade é dividida em cinco grandes fatores: extroversão, socialização, neuroticismo, realização e abertura (podem ocorrer variações nessas divisões relacionadas a nomenclatura, porém sua estrutura mantém-se igual).
Tornou-se um modelo para compreensão da personalidade, sendo utilizado com o intuito de facilitar a dinâmica pessoal de cada um, com o objetivo de entendimento. Esse modelo de compreensão da personalidade humana, considera que as características de um indivíduo podem ser avaliadas separadamente.
O que é o modelo dos cinco grandes fatores?
Trata-se de uma ferramenta, aplicada na avaliação dos candidatos a uma vaga disponibilizada no mercado de trabalho e que consiste em avaliar separadamente o indivíduo. Vamos explicar cada uma dessas separações:
- Extroversão: é a relação com a maneira que o indivíduo/candidato interage com os demais, e o quão comunicativo, assertivo e responsivo ele é. Esse fator identifica ou facilita a identificação da quantidade e a intensidade das interações interpessoais da pessoa.
- Socialização: demonstra a qualidade das relações interpessoais, também analisa o quão compatível ou capaz o indivíduo se percebe no convívio social.
- Neuroticismo: é associado a forma como a pessoa lida com suas emoções e sensações físicas. Refere-se a instabilidade emocional e o quanto é desconfortável ter emoções negativas. Vivência do sofrimento emocional, dimensionando sua intensidade.
- Realização: considera como base a organização, motivação a persistência e o controle que o indivíduo analisado tem sobre questões como foco, objetivo, perseverança.
- Abertura: identifica de que maneira a pessoa está disposta a ter novas experiências, aberta ao novo. Como lida com condições exploratórias, identifica a proatividade, a compatibilidade na busca por caminhos novos.
Vantagens do Big Five para avaliar os candidatos
Permite a avaliação considerando o cargo ao qual o indivíduo se candidata de uma maneira mais assertiva. A vaga em aberto requer especificações e, ao delimitar traços da personalidade do candidato, de forma separada, consegue-se um resultado muito mais próximo do requerido além de somente a avaliação educacional e profissional.
Um candidato que não possui uma boa extroversão, dificilmente consegue se encaixar em uma vaga para a área de vendas, mesmo que tenha uma experiência nisso. Vale ressaltar que o modelo Big Five não pode ser utilizado de forma única, tendo sua aplicabilidade em conjunto pelo avaliador, porém sua aplicação é amplamente difundida, pois traz resultados mais próximos ao desejado na busca pelo candidato ideal ou o mais próximo a vaga pretendida.
Fornecer tais ferramentas ao avaliador, diminui a incidência de demissões ainda no período de experiência e possibilita o crescimento profissional do indivíduo, visto que sua colocação na vaga ocorreu por uma avaliação de sua personalidade, tendo como fim a melhor adequação entre o que o avaliador busca e o que o profissional pode oferecer.
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Outras aplicações do Big Five
- Realocação interna: em uma reestruturação e com a utilização do Big Five é possível fazer uma avaliação dos perfis ideais dentro da empresa, considerando as características de cada indivíduo. O RH tem a possibilidade de cruzar as informações obtidas através da aplicação do modelo dos cinco grandes fatores e orientar, na parte humana, toda a reestruturação dentro da empresa a fim de obter um melhor desempenho individual e também em equipe.
- Conhecimento da liderança: com o uso dessa ferramenta permite-se que o líder conheça o perfil da sua equipe, possibilitando a identificação das diferentes personalidades, conseguindo identificar seus pontos fortes e os pontos que necessitam de uma atenção especial para serem desenvolvidos. Com isso a conquista de resultados excelentes quando se tratar de trabalhos em equipe ou individuais.
- Promoção interna: com o estudo dos traços da personalidade do indivíduo é possível identificar se o seu corpo de colaboradores, preenche os requisitos necessários para uma vaga de alto nível, conseguindo com isso, uma economia de tempo pois, se não identificado um colaborador interno apto a vaga, propõe-se a abertura de uma vaga para o mercado.