Os trabalhadores devem ser protegidos dos riscos ocupacionais aos quais possam estar expostos.
Mas para implementar um processo de gestão de riscos eficiente, é necessário ter uma compreensão clara dos processos, bem como do papel desempenhado por todos os envolvidos.
Também é recomendável basear a gestão de riscos em metodologias sólidas e testadas.
Neste artigo você encontrará tudo o que precisa saber sobre como implantar uma gestão de riscos eficiente na segurança do trabalho em sua organização. Continue lendo!
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O que é gestão de riscos na segurança do trabalho?
A gestão de riscos na segurança refere-se ao processo de identificação, avaliação e controle de riscos no local de trabalho para prevenir acidentes, lesões ou danos aos funcionários e ao meio ambiente.
É um componente crítico para garantir a segurança organizacional e a conformidade com as normas regulatórias.
Ao gerenciar os riscos de segurança de forma eficaz, as empresas podem proteger os funcionários, reduzir responsabilidades financeiras e manter a eficiência operacional.
A gestão de riscos é uma etapa fundamental nos esforços de qualquer organização para minimizar proativamente os potenciais acidentes antes que ocorra uma lesão ou catástrofe.
O foco da gestão de riscos é a prevenção.
Para isso, são utilizadas ferramentas como o inventário de riscos, matriz de risco, APR – Análise Preliminar de Risco, entre outras, que permitem mapear os pontos críticos do ambiente laboral.
O conceito também envolve a participação ativa dos trabalhadores, treinamentos contínuos e uma cultura organizacional voltada à saúde e segurança.
Diferença entre perigos e riscos
Embora frequentemente usados como sinônimos, os termos perigo e risco possuem significados distintos na área de segurança do trabalho:
Perigo é qualquer fonte com potencial de causar dano à saúde ou integridade física do trabalhador. Pode ser um equipamento sem proteção, uma substância química tóxica ou uma prática insegura.
Risco é a probabilidade de que o perigo se concretize, ou seja, a chance de ocorrer um acidente ou uma doença em função da exposição ao perigo.
O risco é avaliado considerando a gravidade das possíveis consequências e a frequência da exposição.
Entender essa diferença é essencial para aplicar corretamente as medidas de prevenção e priorizar os riscos mais críticos.
Importância da gestão de riscos
A gestão eficiente de riscos no ambiente de trabalho é fundamental para proteger a vida, a saúde e a integridade dos trabalhadores.
Ao reduzir a exposição a agentes nocivos e eliminar práticas inseguras, a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais diminui significativamente.
Do ponto de vista organizacional, empresas que investem em segurança do trabalho aumentam sua produtividade, minimizam perdas financeiras e operacionais, e mantêm uma equipe mais engajada.
Além disso, estar em conformidade com a legislação trabalhista evita multas e sanções, além de reforçar a reputação da marca como socialmente responsável.
Em resumo, a gestão de riscos é um investimento estratégico que protege pessoas e impulsiona resultados.
Objetivos da gestão de riscos na segurança do trabalho
A gestão de riscos é uma estratégia essencial para proteger a integridade física e mental dos colaboradores, bem como garantir a sustentabilidade operacional das empresas.
Seus principais objetivos são amplos, porém interligados, e envolvem desde a prevenção de acidentes até o fortalecimento da reputação organizacional. Veja a seguir cada um desses objetivos detalhadamente:
1. Prevenir acidentes e doenças ocupacionais
A principal finalidade da gestão de riscos é identificar de forma antecipada os perigos existentes no ambiente de trabalho, avaliando os riscos aos quais os colaboradores estão expostos.
Com base nessa identificação, são desenvolvidas medidas preventivas e corretivas para eliminar ou minimizar esses riscos.
Essa abordagem proativa reduz significativamente a ocorrência de acidentes e o surgimento de doenças ocupacionais, protegendo a saúde dos trabalhadores e evitando perdas humanas e materiais.
2. Promover um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo
Ao implementar práticas eficazes de controle de riscos, cria-se um ambiente mais seguro e saudável, onde os colaboradores se sentem protegidos.
Isso gera reflexos diretos na produtividade, já que um ambiente livre de perigos físicos e psicológicos favorece a concentração, o desempenho e a eficiência das equipes.
3. Reduzir custos com afastamentos, indenizações e ações trabalhistas
Ambientes de trabalho inseguros geram altos custos para as empresas, tanto diretos, como afastamentos, tratamentos médicos, indenizações, quanto indiretos, como perda de produtividade, rotatividade, processos trabalhistas.
A gestão de riscos bem estruturada reduz essas despesas, promovendo maior eficiência financeira e sustentabilidade nos negócios.
4. Atender às exigências legais e normativas
A legislação brasileira, por meio das Normas Regulamentadoras -NRs, do Ministério do Trabalho e Emprego, estabelece uma série de obrigações voltadas à saúde e segurança ocupacional.
A gestão de riscos garante a conformidade com essas normas, evitando multas, interdições e responsabilizações legais, além de fortalecer a gestão corporativa.
- Aumentar o bem-estar e a motivação dos colaboradores
Empresas que se comprometem com a saúde e a proteção de seus funcionários colaboram de forma direta para o bem-estar coletivo.
Essa atenção aumenta a motivação, o comprometimento e a fidelidade dos funcionários, fortalecendo uma cultura corporativa mais humana e responsável.
6. Melhorar a imagem institucional da empresa
Instituições que aplicam recursos em segurança ocupacional são valorizadas pela comunidade, consumidores, acionistas e entidades fiscalizadoras.
Isso reforça a imagem de responsabilidade social e ambiental da empresa, agregando valor à marca e ampliando sua competitividade no mercado.
A gestão de riscos na segurança do trabalho não é apenas uma obrigação legal, mas uma prática estratégica que gera benefícios para todas as partes envolvidas, contribuindo para a sustentabilidade, a ética e a excelência das organizações.
Etapas para implementar uma gestão de riscos eficiente na segurança do trabalho
Implantar uma gestão de riscos eficiente é um passo essencial para garantir a segurança, a saúde e a continuidade das operações dentro de qualquer organização.
Essa prática permite identificar, avaliar e controlar os riscos presentes nos ambientes de trabalho, prevenindo acidentes, reduzindo prejuízos e promovendo um ambiente mais seguro e produtivo.
Para que seja realmente eficaz, o processo deve seguir etapas bem definidas, que orientem desde o mapeamento dos riscos até o monitoramento contínuo das ações preventivas.
A seguir, apresentamos as principais etapas para estruturar uma gestão de riscos sólida e estratégica.
Mapeamento e identificação dos riscos
Essa etapa consiste em analisar minuciosamente todos os setores, tarefas e processos da organização para entender onde e como os colaboradores estão expostos a riscos.
Isso inclui visitas técnicas aos ambientes de trabalho, entrevistas com os trabalhadores e observação direta das atividades realizadas.
O objetivo é identificar potenciais fontes de perigo — como máquinas, produtos químicos, posturas inadequadas, ruídos excessivos, entre outros — e relacioná-las às atividades desempenhadas.
Para sistematizar essa identificação, são utilizadas ferramentas como:
- Checklists de verificação, que ajudam a padronizar a análise dos ambientes;
- Análise Preliminar de Riscos – APR, que antecipa perigos antes da execução das tarefas;
- Inspeções de segurança, realizadas periodicamente para observar as condições reais de trabalho.
Esses instrumentos tornam o processo mais preciso, documentado e alinhado com boas práticas de SST – Segurança e Saúde do Trabalho.
Avaliação e classificação dos riscos
Após serem identificados, é necessário avaliar os riscos com base em dois critérios principais:
- Probabilidade de ocorrência: frequente, eventual, rara;
- Gravidade das possíveis consequências: leve, moderada, grave.
Essa análise permite entender a real ameaça que cada risco representa para os trabalhadores e para a empresa.
Com base nesses critérios, utiliza-se a matriz de risco, uma ferramenta visual que cruza probabilidade e gravidade para classificar os riscos em níveis: baixo, médio, alto e crítico.
Essa priorização orienta a tomada de decisões e o direcionamento dos recursos para onde há maior urgência de intervenção.
Elaboração de planos de ação preventiva e corretiva
Uma vez definidos os riscos prioritários, são traçados planos de ação com foco tanto na prevenção quanto na correção. As medidas seguem a hierarquia de controle de riscos:
- Eliminar o risco, como por exemplo, automatizar uma tarefa que oferece perigo;
- Substituição por alternativas menos perigosas;
- Controles de engenharia e administrativos: instalação de exaustores, mudança de layout, sinalizações;
- Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC e Individual EPI;
- Capacitações e treinamentos que reforcem práticas seguras.
Cada ação deve vir acompanhada de:
- Prazo para implementação;
- Responsável designado: pessoa ou setor;
- Recursos financeiros, materiais e humanos necessários para sua execução.
Esse planejamento detalhado garante clareza e viabilidade na aplicação das ações.
Implementação das ações e monitoramento contínuo
Após a estruturação do plano, começa a etapa de implementação, onde as ações são efetivamente colocadas em prática.
Isso exige envolvimento direto das lideranças, suporte do setor de segurança e comprometimento da alta direção.
Com a execução em andamento, é essencial monitorar indicadores de desempenho, como número de acidentes, incidentes, absenteísmo, uso de EPIs, etc.
Esses dados orientam se as medidas estão funcionando ou precisam ser ajustadas.
A gestão de riscos eficiente exige ciclos contínuos de revisão, atualização dos riscos e readequação das estratégias.
Capacitação e engajamento dos colaboradores
Capacitar os trabalhadores é indispensável. Os treinamentos devem ser:
- Frequentes;
- Adequados ao risco específico de cada função;
- Acompanhados de avaliações de aprendizado.
Isso garante que os colaboradores saibam como agir com segurança e reconheçam situações de risco.
Além da capacitação técnica, é fundamental desenvolver uma cultura de segurança, na qual todos se sintam responsáveis pela prevenção. Isso passa por:
- Campanhas internas de conscientização;
- Canais abertos de comunicação para relatar riscos ou sugestões;
- Reconhecimento de boas práticas.
Quando os colaboradores se sentem envolvidos, a gestão de riscos deixa de ser uma obrigação para se tornar um valor compartilhado por toda a organização.
Esse conjunto de etapas, quando bem aplicado, contribui para a redução de acidentes, aumento da produtividade e conformidade legal, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e sustentável.
Implementação da gestão de riscos: desafios
Implementar uma gestão de riscos eficiente é uma etapa fundamental para assegurar a proteção, o bem-estar e a continuidade sustentável nas empresas.
Contudo, esse procedimento frequentemente enfrenta desafios relevantes que podem afetar sua eficácia, como por exemplo:
Resistência à mudança
Muitos colaboradores e até gestores demonstram receio diante de novas rotinas, processos ou responsabilidades.
Isso ocorre, geralmente, por falta de compreensão sobre os benefícios da gestão de riscos ou medo de que novas práticas revelem falhas e resultem em punições.
Quando não há uma cultura voltada para a prevenção e a melhoria contínua, a resistência tende a ser ainda maior.
Para lidar com esse desafio, é fundamental investir em comunicação clara, treinamentos e ações de sensibilização.
Envolver os colaboradores desde as etapas iniciais do processo e mostrar como a gestão de riscos contribui para um ambiente mais seguro pode gerar maior adesão e engajamento.
Falta de recursos ou apoio da liderança
Outro grande desafio é a ausência de recursos adequados — sejam eles financeiros, humanos ou tecnológicos — para estruturar e manter um sistema de gestão de riscos eficaz.
A isso se soma, muitas vezes, a falta de apoio da alta liderança, o que enfraquece a legitimidade das ações e dificulta sua integração à estratégia organizacional.
Sem o comprometimento da liderança, a gestão de riscos tende a ser vista como uma obrigação burocrática e não como um diferencial competitivo.
Portanto, conquistar o apoio dos gestores é essencial.
Isso pode ser feito por meio da apresentação de dados concretos sobre os impactos positivos da prevenção, como a redução de acidentes, diminuição de passivos trabalhistas e melhoria da imagem institucional.
Dificuldade na manutenção de registros e relatórios
A gestão de riscos exige um controle rigoroso de informações, incluindo registros de inspeções, avaliações de risco, planos de ação, treinamentos e ocorrências.
Manter esses dados atualizados e organizados é um desafio comum, principalmente quando a empresa ainda utiliza sistemas manuais ou não possui uma estrutura adequada para esse tipo de acompanhamento.
A dificuldade em manter registros precisos compromete a tomada de decisões, prejudica auditorias e pode acarretar falhas na prevenção de acidentes.
Para superar essa barreira, é recomendável adotar ferramentas digitais que automatizem parte do processo e garantam maior confiabilidade das informações.
Além disso, capacitar as equipes sobre a importância da documentação e padronizar os procedimentos são passos fundamentais para assegurar a continuidade e a eficácia da gestão de riscos.
Desatualização normativa e técnica
Manter-se em conformidade com as legislações trabalhistas e de segurança, como as NR’s,é um desafio constante, devido à frequência de alterações normativas.
Além disso, a falta de atualização em tecnologias e metodologias pode comprometer a eficácia das medidas adotadas.
Diagnóstico inadequado dos riscos
Uma avaliação superficial ou mal conduzida dos riscos ocupacionais pode gerar um plano de ação ineficaz.
Falhas na identificação de perigos, na análise de probabilidade e gravidade, ou na priorização de medidas preventivas reduzem a efetividade do processo.
Falta de capacitação
Muitos profissionais envolvidos na gestão de riscos não possuem o conhecimento técnico necessário para conduzir avaliações precisas, elaborar planos corretivos e promover uma cultura de segurança.
Comunicação ineficiente
Informações sobre riscos, medidas preventivas e procedimentos de segurança nem sempre são bem comunicadas aos trabalhadores.
Linguagem técnica excessiva, falta de canais acessíveis ou ausência de feedback dificultam a conscientização e o cumprimento das diretrizes.
Integração deficiente entre setores
A segurança do trabalho deve envolver todas as áreas da empresa, mas, frequentemente, ela é tratada como responsabilidade exclusiva do setor de SST – Saúde e Segurança do Trabalho.
A falta de integração e colaboração entre RH, produção, liderança e outras áreas compromete a efetividade da gestão de riscos.
Monitoramento e atualização deficientes
Após a implementação de medidas, muitas empresas falham no acompanhamento contínuo dos resultados e na atualização dos planos.
Sem monitoramento, não é possível identificar falhas, fazer ajustes ou responder a mudanças no ambiente de trabalho.
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